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Infraestrutura não é só necessidade, é prioridade

Sedimentação gera baixa imprevisibilidade no fundo e na largura dos canais, causando insegurança para a navegação e movimentação de cargas
Embora, por muito tempo, a expansão portuária ter sido considerada fator vital para o crescimento econômico e esse fato tenha feito com que os objetivos e as próprias consequências do desenvolvimento portuário não fossem objeto de controvérsia ou de valoração crítica, hoje é possível compreender quão relevantes foram as consequências ambientais daquele período.
Exemplo disso são as zonas costeiras que representam um dos maiores desafios para a gestão ambiental do País. Um caso é o fato da enorme quantidade de sedimentação ter gerado baixa imprevisibilidade no fundo e na largura dos canais, um dos fatores que tem causado insegurança para a navegação no canal de Mitre, em Buenos Aires, Argentina, causando problemas na navegação e movimentação de cargas.

A isto se acrescenta que hoje o canal de Martin Garcia – que dá acesso ao Porto de Buenos Aires – está servindo apenas para as embarcações em ascensão lastro. Mesmo o Porto de Nueva Palmira está dependendo do canal de Mitre hoje.

Para Daniel Indart, presidente da Federação Argentina de Entidades de Negócios Trucking Cargass (FADEEAC) é preciso fortalecer as economias regionais “e como parte do caminho para alcançar este objetivo, é essencial melhorar a infraestrutura”.

Especialistas do setor dizem ainda que não há uma previsão de mudanças de configuração do canal, mas que já estão estabelecendo medidas para prevenir ocorrências que possam retardar o fluxo de cargas. Além disso, o calendário está apertado com os fortes nevoeiros que te atingido os canais, além do El Niño que deve durar, pelo menos, até outubro, uma forte saída para a colheita.

Vale ressaltar que além da operação de dragas que trouxeram a concessionária da estrada nacional para responder à emergência e as demandas em determinadas seções do fechamento da estrada, há navios que exigem a interrupção temporária do tráfego de transporte de gás.

Dessa forma todos os setores da cadeia devem ter cuidado: além dos atrasos que ocorrem em taxas de saída nessas circunstâncias - que duram mais do que o previsto - e de forma constante, há também aqueles que sofrem danos irreversíveis.

Fonte: Guia Marítimo