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Governo Temer e a sua “neutralidade”

Empresas avaliaram que presidente ainda precisa demonstrar capacidade de reverter cenário de recessão


Uma sondagem realizada pela Amcham (Câmara Americana de Comércio) avaliou a chegada e atuação do recém empossado presidente da república, Michel Temer. Foram ouvidos 253 presidentes e diretores de empresas, e na avaliação de 74,2% deles nos primeiros 30 dias o novo governo foi “neutro”. De acordo com a pesquisa os empresários seguem “aguardando medidas duras e demonstração da capacidade de gestão e de governabilidade do novo líder em reverter o cenário de recessão da economia”.

O presidente que já afirmou que fechará o ano de 2016 com déficit de R$ 100 bilhões na previdência, com possibilidade de aumentar em 2017 para até R$ 150 bi. Disse focar seu governo na reforma trabalhista, e em seus planos realizar concessões de serviços públicos, sendo que trinta e quatro setores já estão sendo avaliados para o programa de concessões entre eles: portos, aeroportos, rodovias, petróleo e gás, tem uma parcela de empresários avaliando de forma positiva o seu primeiro mês de governo.

Uma parcela de 20,6% dos executivos consultados pela Amcham avaliou que “a condução de boas iniciativas deverão reverter o cenário econômico negativo”. Já 5,2% consideram “negativo” as ações e medidas adotadas por Temer na presidência.

Na última pesquisa elaborada pela Câmara, os empresários avaliaram que o fim do processo de impeachment representou a retomada dos investimentos e ações comerciais no Brasil em curto prazo. A maioria das companhias (61%) retomaram os investimentos, sendo que 35% delas farão aportes financeiros no país até dezembro de 2016. 

Na hora de qualificar o humor da empresa em relação à economia brasileira na condução do novo governo em 2017, a maioria dos empresários (79,1%) afirmou estar “esperançosa” e com expectativa de retomada no médio e longo prazo. Outros 11,9% estão “confiantes” e acreditam na retomada no curto prazo, e 9,1% registraram “desconfiança” com incertezas em relação à capacidade de retomada econômica com o novo presidente.

Sobre as prioridades, além do programa de concessões, os executivos listaram outras áreas prioritárias para a reativação da economia. São elas: produtiva (53,4%), com ações que garantam a competitividade da indústria; comércio exterior (15,8%), com incentivos e acordos internacionais preferenciais, bilaterais e de convergência regulatória; educacional (15,8%), com formação técnica e de mão de obra em áreas chaves como ciências exatas, engenharia e de pesquisa e inovação (15%), com investimentos em pesquisa e desenvolvimento de produtos e serviços.