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Transporte aquaviário e ferroviário são os que mais se destacam
Segundo executivo da LG, desde o uso da cabotagem e das ferrovias redução de custos chegou a 45%



Ressaltando a importância das ferrovias no transporte intermodal, Fábio Siccherino, diretor da Embraport, explica que quando se olha os modais que mais crescem no sentido de promover a mudança da matriz de transporte, o aquaviário e ferroviário são os que mais se destacam. “O nosso caso, por exemplo, demonstra de forma efetiva esse movimento, pois houve um aumento no volume de contêineres transportados pela ferrovia e este indicador nos fez olhar para o modal de forma mais atenta”, explica o executivo.

O caso que Siccherino se refere, diz respeito ao que ocorre no Porto de Santos, onde o total transportado por meio das ferrovias vem crescendo dois dígitos por ano, porém, o modal se manteve o mesmo, mesmo com o início das operações em 2013, dos terminais Embraport e BTP (Brasil Terminal Portuário), que geraram aumento de 60% na capacidade de contêineres no Porto de Santos o que, na prática, demonstra uma logística ineficiente na região para atender a este aumento de demanda. “Para mudar este cenário, é preciso melhorar as condições de acesso ao porto, com ferrovias que tornarão a cabotagem ainda mais viável. Somete assim é possível otimizar a movimentação das cargas e reduzir custos”, diz.

Segundo o executivo, hoje, mais de 1.500 Teus são movimentados por mês pela ferrovia no Porto de Santos, sendo que a ferrovia foi inaugurada em abril de 2015. Para ele, trata-se de um modal viável, desde que isso se dê dentro do complexo para fugir do congestionamento da cidade de santos e, dentro deste cenário, é que foi possível atender a LG, que passou a usar a cabotagem e as ferrovias, reduzindo seus custos com transporte em 45%.

Segundo Carlos Neto, da LG, a operação se divide em três fases. “A carga sai de Manaus, vem de cabotagem até santos, e de lá vai para Cajamar por ferrovia. Usamos estrada somente entre nossa fábrica em Manaus até o porto. Na prática, tiramos 42 veículos das estradas entre Santos e Cajamar com o uso do trem, ganhamos agilidade e competitividade, já que em um trem conseguimos transportar 121 contêineres por semana, ou seja, qualquer problema na estrada não nos afeta”, diz. Ele conta, no entanto, que hoje há outros planos. Por exemplo, a companhia paga frete cheio para sair de Santos e ir para Cajamar de trem, e pagam frete vazio no retorno deste trecho. A ideia, segundo neto, é firmar parcerias com outros embarcadores para neste retorno compartilhar os custos pagando frete cheio.